segunda-feira, 7 de setembro de 2009

SAUDADE NAVEGANTE.




Tem sido a existência um vasto oceano
De fases inconstantes, de instabilidade;
Hoje, à deriva, flutuo na saudade,
Em abandono, a esmo, à nau do desengano...

Agora minhas horas vagueiam lentamente
E, após o entardecer, aumenta a agonia
Que torna o dia - noite -, transforma noite em dia;
Por sorte, existe a lua, a leal confidente,

Magia prateada que instiga a recordar,
Em ondas do passado me impele a navegar
No barco de quimeras deste arfante peito...

E, em tantos devaneios, me ponho a delirar
Que a névoa dos diáfanos raios de luar
Vem nos cobrir de sonho em nosso ardente leito...

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