EX-BRUXO, EX-MAÇOM, TIO CHICO__
HOJE PASTOR EVANGÉLICO, AO SERVIÇO DO REI JESUS, AMÉM.
TESTEMUNHO DE UM EX-MAÇOM
Foi há mais de quarenta anos. No decorrer de rituais, jurei
que estaria disposto a ser degolado (grau de Aprendiz Maçom), a ter meu coração
arrancado (grau de Companheiro) e minhas entranhas rasgadas (Mestre Maçom), se
não cumprisse pela vida a fora o compromisso assumido de ser fiel à
Fraternidade e guardar seus segredos.
Jesus disse que não devemos jurar nem pelo céu, nem pela
terra, nem por nossa cabeça, mas que seja nosso não, não, e sim, sim (Mt
5.34-37; cf. Tg 5.12).
Com vinte e sete anos, entrei na Maçonaria por curiosidade,
para conhecer verdades espirituais e filosóficas; aumentar meu círculo de
amigos e me sentir mais seguro.
Talvez tenha sido a primeira vez que li o Salmo 133: “Oh!
Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”. É o que é lido na
abertura dos trabalhos. “Sobre o `altar sagrado´ dos maçons é colocada uma
“Bíblia”, um “Alcorão”, ou outro livro santo chamados de “Volume da Lei
Sagrada”. Mas se os membros da Loja forem todos judeus, a Bíblia conterá apenas
o Antigo Testamento. Na Maçonaria, a Bíblia é mais um apetrecho dentre outros
símbolos, como o esquadro e o ramo de acácia.
Aqui começam as divergências entre Maçonaria e Cristianismo.
De que irmãos a Palavra está falando? De irmãos maçônicos ou irmãos em Cristo?
Na minha ignorância, entendia que a Bíblia me recomendava viver em união com os
demais maçons. Depois compreendi que os verdadeiros irmãos são os que comungam
da mesma fé cristã (Jo 1.12). Portanto, sob juramente, eu estava em estreita
comunhão com pecadores confessos. Jurei defendê-los em qualquer circunstância.
A Maçonaria não faz restrições a quem queira ingressar nos
seus quadros, desde que não seja ateu. Ela exige a crença na existência de um
Ser Supremo, a quem o homem tem de prestar contas e de quem depende. Portanto,
espíritas e feiticeiros podem ser maçons. Basta que acredite no “Grande
Arquiteto do Universo”, o deus maçônico. Na minha cidade havia um influente
maçom feiticeiro quer acreditava no Ser Supremo. Estive pessoalmente no seu
terreiro, nos meus tempos de ignorância.
Os pactos feitos nos graus de aprendiz, companheiro e mestre
– os únicos por que passei - talvez pareçam para alguns maçons um ritual
simbólico, sem muita importância. Mas não é. A boca fala do que está cheio o
coração (Lc 6.45). Há implicações e ressonâncias no mundo espiritual. Não cabe
querer comparar a Maçonaria a uma empresa privada, em favor da qual se tenha que
guardar alguns segredos profissionais. Não. A Maçonaria é uma religião. Tem seu
deus, seus ritos, seus símbolos, códigos secretos e credo. E o cristão não pode
servir a dois senhores, ter duas religiões.
No dia marcado para minha iniciação, fui visitado por dois
maçons. Ao entrar no veículo, colocaram-me uma venda nos olhos. Antes de entrar
na Loja, circulei alguns minutos pelas ruas da cidade. Permaneci assim, na
escuridão, por mais ou menos duas horas. A venda foi retirada apenas por alguns
momentos, para que eu assinasse alguns papéis e reafirmasse o desejo de ser
maçom.
Chegou o momento. Entrei no salão. Conduziram-me pela mão
para que eu circulasse de um lado para outro, passando por caminhos estreitos,
tropeçando nas cadeiras. Quando tiraram a venda, dezenas de maçons apontavam
para mim com suas espadas. O simbolismo traduzia que eu passara das trevas para
a luz, e que os novos irmãos estariam prontos a me defender em qualquer
situação.
A luz maçônica não
melhorou em nada a minha vida espiritual. Encontrei a Luz verdadeira trinta
anos depois, quando fiz uma confissão pública de entrega da minha vida ao
Senhor Jesus. Devo esclarecer que antes mesmo da minha conversão, deixei de
freqüentar a Maçonaria. Fiquei nela não mais do que uns dois anos. De fato, saí
das trevas em que me encontrava. Com a mesma a boca com que jurei fidelidade à
Maçonaria, confessei a Jesus Cristo, aceitando-O como meu Senhor e Salvador
pessoal (Rm 10.9). Os pactos anteriores foram quebrados. Nasci de novo.
A prática maçônica - ritos, simbolos e doutrina – é
incompatível com a prática cristã. É o que me proponho a examinar.
A Maçonaria é
conceituada como uma religião: “Todos (maçons) concordam em declarar que ela é
um sistema ético, mediante cuja prática os seus membros podem progredir em seu
interesse espiritual, subindo a escada teológica da Loja na terra para a Loja
no céu” (01).
Vejam: “Seguir a
escada teológica da Loja” para entrar no céu. O Caminho do cristão é outro (Jo
14.6). Não há como servir à Loja e servir a Cristo ao mesmo tempo. O cristão
precisa permanecer fiel a Jesus (Jo 15.4-5).
O Olho-que-Tudo-Vê
| |
A salvação na Maçonaria dá-se pelas obras: “O
Olho-que-Tudo-Vê (Deus)... contempla os recessos mais íntimos do coração
humano, e irá recompensar-nos conforme as nossas obras”. As obras são
necessárias à vida eterna na “Loja Celestial” (02).
A doutrina maçônica
nega a salvação pela graciosa provisão de Deus através de Jesus Cristo (Ef
1.2-9).
A teologia maçônica
“ensina claramente durante o grau do Arco Real (Rito de York), quando diz a
cada candidato que o nome perdido de Deus será agora revelado a ele. O nome
dado é Jabulom. Este é um termo composto, juntando Jeová com dois deuses pagãos
– Baal, a entidade maligna dos cananeus (Jr 19.5; Jz 3.7; 10.6), e o deus
egípcio Osíris” (03).
“Autoridades maçônicas como Coil e o Ritual e Monitor
Maçônico Padrão admitem que “Bul” ou “Bel” se refere à divindade cananéia ou
assíria Baal, e que “On” se reporta à divindade egípcia Osíris. Wagner revela o
objetivo maçônico nessa trindade pagã:
“Neste nome composto é feita uma tentativa de mostrar,
mediante uma coordenação de nomes divinos... a unidade, identidade e harmonia
das idéias hebraicas, assírias e egípcias sobre deus, e a harmonia da religião
do Arco Real com essas religiões antigas. Esta “unidade de Deus” maçônica é
peculiar. A doutrina ensina que os nomes diferentes dos deuses, como Brahma,
Jeová, Baal, Bel, Om, On, etc. denotam o princípio gerador, e que todas as
religiões são essencialmente as mesmas em sujas idéias do divino” (04).
A Bíblia diz: “Não
terás outros deuses diante de mim... Não as adorarás, nem lhes darás culto...”
(Ex 20.3,5). Leiam a advertência bíblica: “Desprezaram todos os mandamentos do
Senhor... e serviram a Baal” (2 Rs 17.16). A unidade do Deus bíblico está no Pai,
e no Filho e no Espírito Santo.
A doutrina maçônica
diz que o candidato passou “este longo tempo na escuridão e agora busca ser
levado para a luz”. Está no Ritual do primeiro grau. Como um filho de Deus,
nova criatura em Cristo Jesus, pode aceitar tal doutrina? Somos “a luz do mundo
e o sal da terra” (Mt 5.13-14). Vejam:
“Pois outrora éreis trevas, porém agora sois luz no Senhor;
andai como filhos da luz” (Ef 5.8). Ao se tornar maçom, o cristão declara que
estava nas trevas.
Prossegue a teologia maçônica:
“A maçonaria aceita e ensina que com tudo e acima de tudo
está Deus, mas não essencialmente um Deus cristão trino. O maçom pode chamá-lo
(Deus) como quiser, pensar nEle segundo o seu desejo; considera-lo uma lei
impessoal ou pessoal e antropomórfica, a maçonaria não se importa com isso...
Deus, Grande Arquiteto do Universo, Grande Artífice, Grão-Mestre da Grande Loja
do Céu, Jeová, Alá, Buda, Brahma, Vishnu, Siva, ou Grande Geômetra...” (05)
A Maçonaria, como
vimos, nega a divindade de Jesus Cristo e do Espírito Santo. Aliás, o Senhor
Jesus nem sequer é mencionado nos rituais. O importante Ritual Maçônico chamado
de Ritual da Quinta-Feira Santa do capítulo Rosa-Cruzes declara oficialmente:
“Nos reunimos neste dia para celebrar a morte de Jesus, não como inspirado ou
divino, pois não nos cabe decidir sobre isso” (06). Bastaria isso para que o
verdadeiro crente levante a sua voz desassombrada e diga “NÃO, não aceito. Se
os senhores não decidem, eu já decidi servir ao Deus verdadeiro, não a uma composição
de deuses pagãos”. Por isso, Cristianismo e Maçonaria são irreconciliáveis.
O que representa a
Bíblia para os maçons? “A opinião maçônica predominante é que a Bíblia não
passa de um símbolo da Vontade, Lei ou Revelação divina, e não que o seu conteúdo
seja a Lei Divina, inspirada ou revelada. Até agora, nenhuma autoridade
responsável afirmou que o maçom deve crer na Bíblia ou em qualquer parte dela”
(06). E mais: “Os livros sagrados de outras crenças são igualmente válidas para
o maçom” (07).
O apóstolo Paulo
disse que “toda Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,
para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16).
Muitos, como eu, se
tornam maçons antes de conhecer a Cristo. Agora, como cristãos, precisam
renunciar à fé maçônica e quebrar o juramento feito. Vejam:
“Quando alguma pessoa jurar, pronunciando temerariamente com
os seus lábios, para fazer o mal, ou parta fazer o bem, em tudo o que o homem
pronuncia temerariamente com juramente, e lhe for oculto, e o souber depois,
culpado será numa destas coisas. Será, pois, que, culpado sendo numa destas
coisas, confessará aquilo em que pecou” (Lv 5.4-5; cf. Pv 28.13; Tg 5.16; 1 Jo
1.9).
| |
Fonte: http://flaviofranklin.blogspot.com.br
|
Sem comentários:
Enviar um comentário